segunda-feira, 11 de maio de 2015

Herança Cultural e Hipocrisia

Jeitinho brasileiro, quem não sabe o que é isso? 
Hoje eu vi na televisão uma matéria sobre esse assunto.

Uma coisa tão comum em nosso dia a dia, que quase ninguém mais vê como hipocrisia.
 A questão é, que todo brasileiro quer e vai levar vantagem sobre qualquer  um que puder.
Mas porque somos assim?
A resposta vem de nossos pais, avós e bisavós. Quando o Brasil era mais, marginalisado, e "selvagem", quando não tinha muitas oportunidades para quem vivia aqui, alguém ou um grupo de pessoas pensou, "por que não, eu vou conseguir mais fácil, e o outro vai fazer se eu não fizer".
A partir daí foi crescendo esse pensamento que é uma verdadeira "maçã podre" na nossa sociedade.
Onde todos estão na busca incansável, para se dar bem em cima do outro.
E é incrível, como nós (porque eu também tenho culpa no cartório sim! Eu a admito, mas tento ao máximo fazer o certo), damos nosso jeitinho brasileiro baseado no que os outros fazem, quem nunca pensou, "mas se outro vai fazer, porque eu não posso? Direitos iguais"!
E assim se inicia uma cultura de "se dar bem" prejudicando o coletivo.


Pequenas coisas no nosso dia a dia, fazem toda a diferença, tipo, não sentar no banco preferencial, ou não fingir que está dormindo.
Eu não sento mais em bancos preferenciais, mesmo que não tenha ninguém do perfil prescrito, e mesmo que o ônibus ou metro esteja lotado. Prefiro ficar de pé, mesmo que esteja cansada, é uma questão de ética e caráter.
 Eu não dirijo ainda, mas estacionar em vagas preferenciais? Furada, por que pesne, se fosse você, não ficaria zangado por ter direito de estacionamento preferencial, e outra pessoa rouba seu direito?
Então é exatamente isso que acontece, por isso, não me admira que TODOS que estão na política, sejam corruptos.
Eles já carregam uma cultura enraizada, de "se dar bem", igual, àquele deputado que afirma que não é possivel "sobreviver" com um salário de $8000,00 Reais. 
Até mesmo, jogar lixo no chão, faz parte da nossa cultura, porque é mais fácil, porque muita gente se sente até envergonhada de ter que carregar esse pedaço de papel, ou de plástico, ou qualquer coisa até a lixeira, então se livra o mais rápido possível.
 Eu me lembro que uma vez, quando eu tinha 8 anos, estava em um ônibus, com minha avó, comendo um pacote de bolacha, e eu devorei o pacote, (gordice) e eu perguntei para minha Vó "onde eu jogo o pacote?" E ela pegou o pacote da minha mão e jogou pela janela "na janela mesmo, ninguém liga".
E eu amo minha Vó e acho que podemos aprender algo com os mais velhos, mas definitivamente, não isso! 


Temos de parar de pensar em se dar bem sozinhos, e começar a pensar no coletivo, queremos que a economia brasileira melhore, e que o Brasil seja reconhecido como uma nação digna de respeito, então temos de fazer por merecer! Se não se torna apenas perda de tempo.

Um dos países da qual eu admiro muito, é o Japão, eles podem ser muito frios, mas pensam muito no coletivo e na educação, pois sabem que qualquer coisa que um individuo faz, impacta diretamente no coletivo, por isso, sempre investem muito em educação, pois um povo bem educado e estudado só traz benefícios para a sociedade.

 Criatividade ou jeitinho brasileiro?


Uma coisa boa do brasileiro é sua criatividade! Isso é fato, mas porque não uzamos nossa criatividade para algo bom?



Este é José Arilton Ribeiro, já apareceu na televisão, como o "homem de lata", ele mora na periferia de Fortaleza, é surdo e teve o braço amputado. O que ele fez? Construiu o proprio braço, com panelas, canos de PVC, e freios de bicicleta, não só por necessidade, (que é importante também), e ele não é o único exemplo de brasileiro que criam coisas do nada.


Realmente incrível! Então só precisamos utilizar toda essa criatividade para melhorar nossas vidas, não para nos darmos bem sozinhos.
Nós corremos tanto atrás de nossos direitos, exigimos tanto, mas quando somos nós que temos de fazer nossa parte, simplesmente, nós tiramos o direito dos outros, em benefício próprio, acho que é exatamente isso que quem está no poder faz, não é?


Texto por Tata Hoffman

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